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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Mitologia x Realidade: Origem do Kung Fu e os Treinos Praticados.


Mitologia x Realidade: Origem do Kung Fu e os Treinos Praticados
Todos os fatos apresentam ao menos dois lados, visões divergentes dentre os envolvidos.
Mas isso é diferente de quando a realidade é distorcida ou fantasiada, de maneira soberba e dissimulada.
Se atualmente é tão comum nós presenciarmos pessoas que criam histórias ou invertem os fatos a seu favor, para vantagens obterem ou imagem criarem, envolvendo terceiros, mais frequente ainda isso se faz com histórias seculares, como as do templo Shaolin.
Há quem acredite serem reais e há quem diga que as histórias tratam-se de mitologia, criada pelo governo, para a população convencer e o turismo incentivar. Dizem que não existem provas da existência dos templos e dos falados monges, que somente passaram a existir em filmes, tendo sido para entreter criados e por atores interpretados.
Alguns apontam por duvidarem e, em outros casos, falam visando a realidade desacreditar e a arte marcial depreciar.
Quanto à origem do Kung Fu, existem diversas histórias, sendo uma delas vinculada ao budismo. De acordo com a lenda, um Monge budista indiano, conhecido como Bodhidharma (Daruma Taishi ou Tamo, em chinês), teria viajado até a China com a finalidade de difundir o budismo.
Ao encontrar uma caverna, o Monge Bodhidharma se instalou no local e, de frente para uma pedra, entrou em profunda meditação por aproximadamente nove anos. Alguns dizem que ninhos de passarinho se formavam nos ombros do Monge, e que a sombra do mesmo chegou a ficar gravada na parede de pedra. Outros narram que o Monge havia cortado suas pálpebras, visando evitar o sono profundo.
Ocorre que, após esse período de meditação, ao se unir aos Monges do Templo Shaolin, percebeu que estes não apresentavam boas condições físicas, já que gastavam boa parte do tempo e, principalmente de energia, transcrevendo manuscritos, o que dificultava as práticas meditativas.
Após tal analise realizada pelo Monge Indiano, o mesmo passou a ensinar aos Monges do templo exercícios de movimentação, associados aos movimentos de animais, bem como exercícios respiratórios, de modo que combinados auxiliavam no aumento do fluxo Ch’i e da força, momento em que surgia o Kung Fu, sendo posteriormente os movimentos enriquecidos, até se tornar a arte que atualmente conhecemos e admiramos.
Conforme dito, trata-se de uma de muitas histórias que remontam a origem do Kung Fu, não havendo uma certeza inequívoca, considerando que grande parte documental foi queimada junto com o templo, ou posteriormente por questões políticas, perdendo valiosas narrativas sobre a história e evolução de cada estilo, com suas formas, bem como meios de treinos.
Ainda assim, existiram sobreviventes, discípulos que se tornaram mestres e fizeram de suas vidas a perpetração da arte por eles vivida e sentida, passando-a de geração a geração.
Ora, é evidente que a veracidade da origem do Kung Fu e a criação dos estilos estão envoltos em histórias mitológicas, filosóficas e, por que não dizer românticas, sendo questionável e controverso o fundamento real.
Entretanto, o mesmo não se pode dizer sobre os treinos praticados nessa arte, mesmo quando inacreditável, como o caso do “Kati do dedo”, no qual o Monge Hai Tank (único capaz dessa prática), conforme pode ser visto no vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=Wu71lUC0woE.
Aliás, documentários retratam treinos até hoje utilizados e por muitos desacreditados, que levam aos extremos, mas que fortalecem ao praticante, que passa a adquirir técnica, fazendo com que sejam diferenciados os movimentos.
Agora, dizer que monges somente existem como personagens de cinema, seria alegar que as artes marciais foram criadas para entreter e não como forma inicial de caça, de luta para a guerra ganhar ou mesmo visando melhor condicionamento nos mosteiros, quando estavam a meditar.
Sem nenhuma dúvida respeitamos as opiniões contrárias, desde que fundamentadas e não simplesmente embasadas no jargão “preciso ver para crer”, afinal nem todas histórias são baseadas em fatos descritos, relatados e no cartório autenticados, como prova da veracidade. Em outras palavras, não é porque não estive no descobrimento do Brasil, que isso não ocorreu.
Dessa forma, a nosso ver, é evidente que tais narrativas embasam a realidade e não são só histórias mitológicas.
Mas é interessante observar que é fácil duvidar desses fatos, apontando como falsos, ainda mais porque essa dúvida surge de pessoas que acreditam ser impossível ou improvável alcançar o nível de treino tão falado.
Geralmente são essas pessoas que irão fazer o habitual e mais tranquilo, justificando que o mais é mito, se escusando da essência da arte marcial e muitas vezes a descaracterizando, por também desvalorizar a própria potencialidade.
Acompanhem nossa página. Sempre com histórias, reflexões, dicas e curiosidades sobre as artes marciais.
Pou San Chuan
Academia de Artes Maricias
São José do Rio Preto
São Paulo - Brasil

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